O Circuito das Águas Paulista não é apenas um cartão-postal com fontes minerais e paisagens encantadoras. Ele é símbolo da força de um povo que vive da terra, que transforma trabalho em tradição e cultura em resistência.
Cidades como Amparo, Serra Negra, Monte Alegre do Sul e Bem Viver formam um território pulsante, onde o café especial não é apenas um produto, é uma herança, uma identidade que brota do chão e sustenta centenas de famílias.
Aqui, o turismo rural caminha lado a lado com a agricultura familiar. Cada xícara de café carrega o suor de quem planta, colhe, torra e serve com orgulho. Pequenas propriedades e fazendas históricas não são apenas negócios, são espaços de memória, de pertencimento e de esperança.
Elas recebem visitantes, compartilham saberes e mostram que desenvolvimento de verdade acontece quando se respeita o povo e suas raízes.
É por isso que precisamos estar atentos e mobilizados. Essa região não pode ser tratada como rota de passagem para grandes interesses econômicos de quem não conhece, e não respeitam, a realidade de quem vive aqui.
O que está em jogo é muito mais que café e os pedágios em si: é autonomia, é dignidade, é o direito de continuar existindo com voz ativa.
“Na baixa temporada, quando a região precisa de medidas para estimular o turismo, os pedágios podem afugentar o turista de menor renda, o de um dia ou final de semana, que aquece a economia na baixa temporada.”
Foi desta forma que a Jornalista Salete Silva destacou para o site “Viva! Serra Negra” um dos pontos que mais preocupam a população regional, quando se trata de pedágios.
O Circuito das Águas merece investimentos que fortaleçam, não que prejudiquem. O progresso que queremos é aquele que dialoga com o território, protege o pequeno produtor e valoriza a vida no interior. Estamos prontos para defender isso
com a nossa união, com coragem e com o coração plantado nessa terra.