Serra Negra – A empresária Luciana Ramos, que atua há 24 anos no setor de turismo e é proprietária de uma agência de viagens, manifestou preocupação com os impactos da instalação das praças de pedágio na região do Circuito das Águas. Segundo ela, a medida poderá comprometer o fluxo de turistas e gerar dificuldades para moradores locais.
“O turismo é a principal atividade econômica da região. Muitos visitantes se hospedam por três ou quatro dias e aproveitam para conhecer outras cidades vizinhas. Com os pedágios, os custos vão aumentar e isso pode desestimular o turismo”, alerta Luciana.
Além do impacto econômico, a empresária aponta o risco de demissões e a dificuldade no acesso ao sistema Free Flow, modelo de cobrança automática das tarifas. “Muitas pessoas da área rural sequer têm acesso à internet. Se alguém deixar de pagar uma única vez, a dívida pode virar uma bola de neve, comprometendo a renda de quem já ganha pouco”, explica. Atualmente, a multa por não pagamento do pedágio via Free Flow é de quase R$ 200, além da perda de cinco pontos na carteira de habilitação.
Luciana também destaca que a instalação das praças afetará indiretamente toda a população. “Mesmo quem não passa pelos pedágios será impactado. O aumento no custo do transporte vai refletir no preço dos alimentos e outros produtos essenciais. É uma cadeia de cobranças que atinge todos os setores, inclusive a área hospitalar e a distribuição de mercadorias.”
A empresária critica a falta de diálogo com a população sobre o projeto. “Já pagamos impostos como o IPVA, e São Paulo tem a maior arrecadação do país. Essa medida foi imposta sem consulta pública e sem audiências em locais onde a população pudesse participar. Nada justifica essa decisão.”
Por fim, Luciana afirma que a questão será um fator determinante nas próximas eleições. “Não vamos esquecer e não vamos deixar que as pessoas esqueçam. Isso vai impactar nossas vidas pelos próximos 30 anos. É preciso união para barrar essa medida.”
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